O silêncio que conta histórias🤫
- M.S.Vieira
- 13 de ago.
- 2 min de leitura

Viver no interior de Portugal tem algo de mágico. Há dias em que o vento que passa pelos vales parece sussurrar memórias antigas, e cada pedra, cada ribeiro, guarda histórias que ninguém escreve nos livros. É um lugar em que o tempo corre devagar, e é nesse ritmo que a cultura se revela, discreta, mas presente em cada gesto, cada tradição, cada festa que mantém viva a alma das aldeias.
Caminhar pelas ruas estreitas de uma vila, ouvir o canto das aves ao amanhecer, cruzar olhares com quem ainda guarda memórias da infância ou das histórias que os avós contavam… tudo isso é cultura. Não a cultura das exposições ou dos centros de arte, mas aquela que respira nas pessoas, nas conversas à porta de casa, nos aromas da cozinha que atravessam gerações.
É fácil esquecer o valor destas pequenas coisas quando se vive em cidades apressadas, mas aqui, no interior, cada detalhe conta. E é esse detalhe que inspira, que nos liga ao passado e nos lembra que cada história, por mais silenciosa que seja, merece ser contada.
A cultura, afinal, não está apenas nos palcos ou nas galerias — está na vida que continua, silenciosa e resiliente, mesmo nos cantos mais recônditos do país.
E você, já viveu ou visitou algum lugar assim, onde o tempo parece correr mais devagar?
Conta nos comentários — vou adorar saber quais histórias o silêncio já lhe contou.
Se você já sentiu o coração mais leve só por ouvir o som de um riacho, ou se já parou no meio da rua apenas para sentir o cheiro de pão saindo do forno, então sabe do que estou a falar. Essas pequenas coisas são um tesouro que, no fundo, nos pertence a todos. Talvez a pressa do mundo moderno tente apagá-las, mas aqui, entre montes e vales, elas continuam vivas.
E é por isso que escrevo. Para que, mesmo de longe, você possa ouvir esse silêncio cheio de histórias — e lembrar que, às vezes, é nele que encontramos o que mais importa.
😁