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Palavras ao vento


Seguro agora o lápis, não sei o que escrever, vou só rabiscando, não sei como vai ser, não faço ideia do que escrever. Só deixo a ponta deslizar pelo papel, sem um rumo certo. Às vezes, saem rabiscos sem sentido, outras vezes, palavras soltas que talvez façam sentido depois. Não tenho um plano, não sei onde isso vai dar. Talvez eu só esteja matando tempo, ou talvez daqui surja algo que eu nem esperava.


O papel vai se enchendo de traços e letras dispersas, como se minha mão soubesse mais do que minha cabeça. Não penso muito, só deixo fluir. E quem sabe, no meio desse caos, algo bom apareça.


Escrevo, escrevo, sem nada apagar. Um rio cristalino onde vou navegar, ou talvez um verde prado onde eu possa repousar.

Escrevo, escrevo, jogo as palavras no papel. Vamos ver no que isso vai dar.

Talvez com Tolkien crie mundos fantásticos, ou posso ser Christie e um crime desvendar. Escrevo e sonho, voo mais alto, com a minha imaginação no comando.


Agora tão cedo, tão silencioso, mas já posso ver os pequenos raios de sol se filtrando pela janela do teto, iluminado minha mesa enquanto escrevo, o sol me dá "Bom dia!" e seu bom dia comigo vira história, escrevo, descrevo, na literatura ando livre, me sinto como os pássaro a voar.

Já escuto ao longe meu pai me chamando, estou atrasada e devo correr, volto mais tarde, para mais um pouco escrever.


Escrevo, escrevo, meu mundo, talvez seu o também.

 
 
 

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© 2024 Por M.S.Vieira

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